terça-feira, 21 de dezembro de 2010


Tenho que arranjar uma forma de te dizer adeus, aquele nosso pequeno momento já não sou eu a dona desses momentos e agora nunca mais quero o ser, quando ditaste o fim entregaste-me o coração de volta mas diferente vinha com uma cicatriz que eu tentava curar e por mais que tentasse esconde-la ela ainda ficava mais visível ao mundo, agora ocupo o meu tempo a tentar colar os pequenos pedacinhos de puzzle que formam um coração que batia e a sua cor era viva e vermelha e agora apenas se vê uma tonalidade rosa clarinho como se o sangue tivesse a parar de bombear pelo coração, quando o colar vou fecha-lo num cofre pequenino mas inquebrável a não ser as minhas mãos, vou coloca-lo lá rápido para ninguém o vir buscar de novo, e vou trancar as rápidas batidas que se aproximavam como quando sentia o amor a minha beira, vou fecha-lo e com um cadeado velho e ferrugento vou sela-lo apesar de velho e ferrugento, resistente ao tempo e as estações, a pequenina chave que selara o cadeado estará sempre num pequeno fio em volta do pescoço.

3 comentários:

  1. Não era propriamente um amigo meu... Era muito amigo de uma amiga minha. Tinha-o conhecido uma semana antes de ele falecer mais ou menos... E fiquei em choque e então custou-me a mim também e muito :s

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